A interpretação da análise de solo é fundamental para a correção do mesmo e obtenção de elevadas produtividades na lavoura. Aprenda neste artigo como fazer a interpretação dos resultados da análise de solo em 4 passos. Entenda cada parâmetro da análise de solo e descubra como identificar as necessidades nutricionais dos seus cultivos e tomar decisões precisas para maximizar a sua produtividade.
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Etapas para avaliação da fertilidade do solo
Em geral, um programa de avaliação da fertilidade do solo, com base na análise química do solo, compreende quatro etapas principais:
- Amostragem de solo. Este tópico já foi abordado em um artigo de nosso post.
- Análise química do solo: realizadas no laboratório para os atributos solicitados.
- Interpretação dos resultados.
- Realização das práticas agrícolas.
Neste artigo vamos abordar a interpretação dos resultados da análise de solo entregues ao produtor pelo laboratório responsável pela análise.
Interpretação da análise de solo: entendendo os resultados
1º Passo: entendendo a análise de solo
A amostra de solo coletada na propriedade é enviada ao laboratório para análise. A análise química de fertilidade do solo é composta de duas etapas principais:
- Etapa de Extração: onde são utilizadas soluções químicas, denominadas “extratores”, que tentam simular a absorção de nutrientes pelas plantas.
Nesta etapa um determinado volume de extrator é agitado com um definido volume de solo, deslocando os nutrientes da fase sólida para a fase líquida (solução de equilíbrio).
- Etapa de Quantificação: onde são determinados os teores dos elementos na solução de equilíbrio por meio de aparelhos específicos.
Exemplos de alguns equipamentos utilizados para quantificação dos elementos:
- Potenciômetro para quantificação do pH;
- espectrofotômetro de absorção atômica para quantificação dos elementos: K, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn e Ni;
- espectrofotômetro UV/Visível para quantificação dos elementos P, B e S, por exemplo;
Os resultados dos teores de nutrientes obtidos por meio da análise química do solo são comparados a valores de referência disponíveis em tabelas de interpretação.
Essa comparação permite classificar o nível de fertilidade do solo e oferecer recomendações sobre a quantidade adequada de corretivos e fertilizantes a serem aplicados para otimizar a eficiência das culturas.
2º Passo: entendendo as diferenças entre os boletins/manuais
Não existe nenhum relatório de análise de solo “padrão” no Brasil, o que significa que os resultados das análises de solo podem diferir dependendo do laboratório.
Além disso, cada estado brasileiro segue um boletim ou manual de métodos de análise de solo específico para a recomendação da adubação. Por exemplo:
- Estado de São Paulo: Boletim 100;
- Estado de Minas Gerais: Manual deadubação 5ª Aproximação;
- Estado de SC, PR e RS: Manual de Adubação e de Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
- Estado do Paraná: Manual de Adubação e Calagem para o Estado do Paraná;
- Cerrado Brasileiro: Cerrado- correção do solo e adubação…
O que muda entre eles?
Cada boletim ou manual segue uma metodologia própria para a extração e quantificação de nutrientes. Por isso, os métodos de extração de nutrientes podem ser diferentes entre os estados.
O mesmo ocorre para as unidades utilizadas na análise, ou até mesmo para as fórmulas utilizadas para a recomendação de calagem e tabelas para recomendação da adubação.
Por exemplo, a maioria dos estados brasileiros adota o método de extração de fósforo por Mehlich-1. O estado de São Paulo, por sua vez, determina a quantidade de fósforo presente na amostra de solo após extração com resina trocadora de ânions.
Ou seja, extratores diferentes podem ser utilizados para um mesmo elemento.
Nesse caso, você não pode pegar uma análise de fósforo que foi determinada por Mehlich-1 e olhar nos resultados do Boletim 100 (que utiliza a resina como extrator de fósforo) para fazer a interpretação porque os resultados possuem grandezas totalmente diferentes!
Por isso é importante se atentar à quais métodos de extração foram utilizados pelo laboratório em que a sua amostra foi enviada e realizar a interpretação dos resultados seguindo o respectivo boletim/manual.
Os teores de nutrientes determinados pela análise química do solo são comparados com valores de referência, apresentados em uma tabela de interpretação, que normalmente apresentam faixas de disponibilidade: baixa, média e alta.
A partir das tabelas com valores de referência é feita a classificação do nível de fertilidade do solo e a recomendação da quantidade de corretivos e fertilizantes a ser aplicada para obtenção da máxima eficiência das culturas.
Nos laudos de resultados de análise de solo devem ser citados os extratores utilizados, pois para cada um deles existem teores de referência distintos, principalmente para P, sendo os teores obtidos para o Mehlich-1 ou Mehlich-3 diferentes dos obtidos com a Resina.
Os teores de K, Ca e Mg recuperados por esses extratores tendem a ser semelhantes.
3º Passo: entendendo os principais parâmetro da análise de solo
Vejamos uma análise de solo realizado por um laboratório que segue os métodos de extração do estado de São Paulo (Boletim 100), para entender todos os parâmetros que aparecem na análise de solo (Tabela 1).
Tabela 1. Exemplo de um resultado de análise de solo realizada por um laboratório no Estado de São Paulo, seguindo as determinações de acordo com o Boletim 100
Abaixo da análise se encontra a descrição de todos os métodos utilizados para a extração dos nutrientes: Nesse caso: pH por extração com CaCl2; P, K, Ca e Mg por resina, e assim por diante…
Vamos entender agora cada um dos resultados apresentados na análise:
Acidez ativa do solo: pH
O pH do solo mede a acidez ou alcalinidade, e os níveis de pH variam de 0 a 14, com <7 indicando um pH ácido, sete um pH neutro e >7 um pH básico.
A escala de pH é baseada em uma escala logarítmica, o que significa que a diferença de um pH de 6,0 é 10 vezes mais ácida do que um pH de 7.
O pH do solo (determinado em água ou em CaCl2) é um indicativo da acidez ativa dos solos, ou seja, da quantidade de íons H+ presente na solução do solo. Quanto menor o pH do solo, maior sua acidez (Tabela 2).
Tabela 2. Limites de interpretação das determinações relacionadas com a acidez da camada arável do solo
Acidez | pH em CaCl2 |
Muito alta | < 4,4 |
Alta | 4,4 – 5,0 |
Média | 5,1 – 5,5 |
Baixa | 5,6 – 6,0 |
Muito baixa | > 6,0 |
O pH do solo afeta diretamente a disponibilidade de nutrientes às plantas, por isso esse parâmetro é de interesse.
Normalmente com o pH próximo a 6,0- 6,5 (em CaCl2) tem-se a maior disponibilidade de nutrientes às plantas. Por isso, quanto menor a acidez ativa do solo (pH) melhor a disponibilidade de nutrientes às plantas.
Em condições de acidez do solo muito baixa (pH em CaCl2 maior que 6,0), as prováveis características do solo que iremos encontrar são:
- Ausência de Al3+ (tóxico)
- Elevados teores de Ca e Mg
- Elevada saturação por bases (V)
- Baixa disponibilidade de Zn, Cu, Fe, Mn
- Boa disponibilidade de B até pH 7,5
- Alta disponibilidade de Mo e Cl
- Aumento das perdas de N por volatilização de NH3
- Alta atividade de microrganismos
Matéria orgânica (MO)
Para estimar o teor de matéria orgânica do solo os laboratórios analisam o teor de Carbono Orgânico do solo, que apresenta correlação com o teor de matéria orgânica.
Na prática este índice é utilizado como um indicativo do teor de nitrogênio do solo, por exemplo (elemento que não é medido na análise de solo).
Mas isso ocorre somente na região Sul do Brasil, em locais com alto teor de matéria orgânica (>5% ou 50 h dm-3), onde os boletins consideram o teor de matéria orgânica do solo para estimar a necessidade da adubação nitrogenada.
Acidez trocável do solo: Alumínio (Al)
O alumínio presente na forma iônica na solução do solo (Al3+) (também chamado de acidez trocável) é tóxico para as plantas e causa o engrossamento das raízes, reduz o seu crescimento e impede a formação de pelos radiculares, prejudicando a absorção de água e nutrientes.
A quantidade de Al3+ presente no solo é totalmente neutralizada quando se realiza a calagem. Após a calagem, se houver a elevação do pH para um valor superior a 5,5; o teor de Al3+ deverá assumir o valor zero.
Assim quanto menores os teores de Al3+ do solo (mais próximos de zero) melhor para a fertilidade do solo e quanto maior o teor de alumínio na análise maior a acidez – que exigirá correção pela prática da calagem.
Acidez potencial do solo: H + Al
Toda capacidade de troca de cátions do solo (CTC) que não está ocupada pelos cátions de interesse (chamado de soma de bases = S.B. = Ca2+, K+, Mg2+, Na2+) está ocupada por H+ e Al3+.
Ou seja, H+ + Al3+ representam a acidez potencial do solo. Tudo o que está na CTC que pode potencialmente acidificar o solo, liberando H+ e Al3+ para a solução do solo e prejudicar o crescimento do sistema radicular e a disponibilidade dos outros nutrientes.
A acidez potencial é extraída em laboratório com soluções de sais tamponadas ou misturas de sais neutros com solução-tampão. Nessa análise, as soluções mais empregadas são o cloreto de bário tamponado com trietanolamina a pH 8,2, o acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0 e a solução-tampão SMP (CANTARELA, 2022).
O H+ Al portanto indicam a quantidade de cargas presente na CTC do solo que estão ocupadas por cátions que causam a acidez e são danosas as plantas (H+ e Al3+).
O interesse é com a prática de correção de solo as cargas negativas do solo ocupadas por H e Al sejam liberadas para serem ocupadas por cátions de interesse (Ca2+, Mg2+, K+, NH4+, etc).
Teores de P, K, Ca, Mg, S e micronutrientes do Solo
Os teores de P, K, Ca, Mg, S e micronutrientes do solo são extraídos e quantificados de acordo com metodologias específicas de cada boletim.
Embora os teores de K e Ca variem poucos entre extratores, a maior diferença de quantidades disponíveis em função do extrator utilizado é para o fósforo.
Extrair fósforo por Mehlich-1, Mehlich-3 ou resina modifica totalmente a ordem de grandeza do nutriente na análise de solo. Por isso é preciso saber o extrator utilizado para realizar a interpretação dos resultados.
Vejamos um exemplo para as classes de interpretação de solo para fósforo usando resina (Tabela 3) e de Mehlich-1 (Tabela 4).
Tabela 3. Classes de interpretação de resultados de análise de solo para fósforo extraído com a resina trocadora de íons de acordo com o grupo de culturas. Fonte: Cantarella et al. (2022).
Classes de teores | Produção relativa | ————–Cultura————– | |||
Hortaliças | Anuais | Perenes | Florestais | ||
% | ———-mg dm-3 ————— | ||||
Muito baixo | <70% | <10 | <7 | <5 | <3 |
Baixo | 70-90 | 10-24 | 7-15 | 5-15 | 3-5 |
Médio | 90-100 | 25-60 | 16-40 | 16-40 | 6-8 |
Alto | >100 | 61-120 | >41-80 | 41-60 | >8-16 |
Muito alto (1) | >100 | >120 | >80 | >60 | >16 |
Tabela 4. Classes de interpretação de resultados de análise de solo para fósforo extraído pelo método Mehlich-1, de acordo com o teor de argila, para recomendação da adubação fosfatada em sistemas de sequeiro com culturas anuais. Fonte: Souza & Lobato (2017).
Teor de argila | Teor de P no solo | ||||
Muito baixo | Baixo | Médio | Adequado | Alto | |
% | ———-mg dm-3 ————— | ||||
≤ 15 | 0 a 6,0 | 6,1 a 12,0 | 12,1 a 18,0 | 18,1 a 25,0 | >25 |
16 a 35 | 0 a 5,0 | 5,1 a 10,0 | 10,1 a 15,0 | 15,1 a 20,0 | >20 |
36 a 60 | 0 a 3,0 | 3,1 a 5,0 | 5,1 a 8,0 | 8,1 a 12,0 | >12 |
>60 | 0 a 2,0 | 2,1 a 3,0 | 3,1 a 4,0 | 4,1 a 6,0 | >6 |
Para saber se o nível de nutriente na sua análise está muito baixo, baixo, médio, alto ou é muito alto é preciso verificar nas tabelas específicas cada nutriente / método de extração, de acordo com cada boletim.
Cada boletim trará essa tabela de interpretação para cada nutriente analisado.
Sabendo como está o nível de nutrientes no seu solo é possível saber qual o nível de resposta à adubação para cada nutriente, como veremos no 4º passo da interpretação da análise de solo.
Conversão de Unidades
Um ponto importante a se atentar na análise de solo é a unidade em que os teores de nutrientes são apresentados.
Vejamos abaixo uma tabela de conversão de unidades que podem ser necessárias na interpretação da análise de solo (Tabela 5).
Tabela 5. Conversão de unidades de interesse para a fertilidade do solo para o Sistema Internacional de Unidades (SI). Fonte: Souza & Lobato (2017)
Medida | Unidade tradicional (A) | Nova unidade (SI) | Fator de conversão | |
Preferida (B)(1) | Aceita (C) (2) | f | ||
Matéria orgânica e textura | % | g/dm3, g/kg, g/L | – | 10 |
P, K, S e micronutrientes | ppm | mg/dm3, mg/kg, mg/L | – | 1 |
Ca, Mg, Al, valor S, CTC, | meq/100 cm3 meq/100 ml meq/100 g | mmolc/dm3 mmolc/dm3 mmolc/kg | cmolc/dm3 cmolc/dm3 mmolc/kg | 10 10 10 |
V e m | % | % | – |
(2) Para transformar um valor expresso na unidade tradicional (A) para a unidade aceita (C) multiplica-se esse valor pelo fator 1, ou seja, o valor numérico é o mesmo nas unidades (A) e (C)
Por exemplo, os teores de nutrientes na análise de solo podem ser expressos em mmolc/dm3 ou em cmolc/dm3. É preciso estar atento a esses detalhes no momento de realizar os cálculos de recomendação de adubação, por exemplo. A soma de bases está em qual unidade?
Nitrogênio
Como comentamos em outro artigo, o teor de nitrogênio não aparece na análise de solo. Assim, a recomendação da adubação nitrogenada é feita com base em tabelas de recomendação que consideram a classe de resposta esperada à adubação nitrogenada (baixa, média ou alta resposta) e a produtividade esperada para a cultura de interesse.
Atributos e Propriedades do solo
A partir da concentração de alumínio trocável (Al3+), dos cátions trocáveis (Ca2+, Mg2+ e K+) e ainda da acidez potencial (H+ + Al3+) são calculados outros atributos e propriedades do solo como:
Soma de bases: SB = Ca2++ Mg2++ K+;
Capacidade de troca de cátions: CTC = SB + (H+ + Al3+);
Saturação por bases: V = SB/CTC x 100;
Saturação por alumínio: m = Al3+ /(SB + Al3+) x 100.
Todos esses atributos constam na análise de solo e são fundamentais para realização do cálculo de calagem, conforme abordado neste artigo de calagem publicado em nosso blog.
Por exemplo, a SB indica quanto de cátions de interesse eu tenho no meu solo.
A CTC indica qual é a capacidade do solo em reter os nutrientes catiônicos adicionados via calagem/adubação. Quanto maior a CTC maior a “caixa” do solo.
A saturação por bases e a saturação por alumínio, por sua vez, indicam, respectivamente, a porcentagem de cargas negativas do solo ocupado por bases de interesse (quanto maior melhor) e por alumínio (quanto menor melhor).
Resultados de vários experimentos com plantas têm demonstrado que, de modo geral, os solos apresentam barreira química ao crescimento de raízes quando a saturação por alumínio, “m%”, for maior do que 40% e/ou a saturação por bases for inferior a 25%.
Alguns estudos consideram o valor absoluto de Ca2+ <4,0 mmolcdm-3 como índice, ao invés da saturação por bases, porém esse teor ocorre esporadicamente e nunca de forma isolada, ou seja, quase sempre junto aos outros indicadores de acidez nociva às raízes.
Por essa razão, é preferível usar a saturação por bases V < 25% como critério, uma vez que o Ca é o principal nutriente entre as bases trocáveis do solo.
4º Passo: entendendo a faixa de teores de nutrientes
Alguns laboratórios já fornecem uma análise gráfica mostrando as classes de interpretação dos nutrientes (como muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto, por exemplo ou apenas como baixo, médio e alto) como apresentado nas Figuras 1 e 2.
Figura 1. Avaliação gráfica dos resultados analíticos de uma análise de solo do laboratório 1, fornecido em um laudo técnico interpretando os parâmetros como muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto.
Essa apresentação gráfica é interessante para que o produtor consiga entender melhor o nível de fertilidade do seu solo.
Figura 2. Avaliação gráfica dos resultados analíticos de uma análise de solo do laboratório 2, fornecido em um laudo técnico interpretando os parâmetros como, baixo, médio e alto.
Vamos entender qual a funcionalidade de tal análise (Figura 3):
Quando os níveis de teste do solo estão abaixo do ideal (muito baixo ou baixo), há uma chance maior de a cultura responder ao suprimento adicional de nutrientes, impactando positivamente o crescimento e a produção.
À medida que os níveis de nutrientes no solo aumentam, a probabilidade de resposta da cultura a nutrientes adicionais diminui.
A área onde a resposta da cultura começa a diminuir torna-se o início do ótimo (níveis altos dos nutrientes).
Na zona ideal (alto), é menos provável que a adição de nutrientes afete a produção agrícola.
Acima do ideal (muito alto) pode haver uma preocupação em relação a alguns nutrientes com relação a contaminação ambiental ou toxidez a planta, como é o caso de alguns micronutrientes.
Figura 3. Relação entre os teores de nutrientes no solo e a resposta das culturas em aumento de produtividade.
Assim, entender os níveis de fertilidade de cada parâmetro da análise de solo é fundamental para realizar as práticas de calagem a adubação da forma a garantir as máximas produtividades e retornos econômicos ao produtor.
Realizando os cálculos de recomendação de calagem e adubação
Com base na interpretação dos resultados da análise do solo, são feitas as recomendações de calagem e adubação para as culturas agrícolas.
A calagem é realizada para corrigir o pH do solo, tornando-o adequado para o desenvolvimento das plantas.
A adubação, por sua vez, visa suprir as deficiências de nutrientes e melhorar a produtividade das culturas.
As recomendações consideram a cultura específica, a fase de desenvolvimento, a produtividade desejada e a análise química do solo. Veja aqui as recomendações de adubação para o feijão.
Mas isso é assunto para outro artigo!
Conclusões
A interpretação da análise de solo é uma etapa fundamental para a maximização da produtividade agrícola.
Ao compreender as diferenças entre os boletins e cada parâmetros da análise de solo é possível obter informações precisas sobre as necessidades nutricionais das culturas.
Resumidamente, os resultados obtidos na análise de solo são comparados a valores de referência disponíveis em tabelas de interpretação, que classificam o nível de fertilidade do solo. Essa classificação permite recomendar a quantidade adequada de corretivos e fertilizantes para otimizar a eficiência das culturas.
Baixe agora o nosso Guia Avançado de Calagem, Gessagem e Fosfatagem:
Quer ver como isso ocorre na prática? Assista ao vídeo abaixo:
Referências
CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J.A.; MATTOS JR, D.; BOARETTO, R.M.; Van RAIJ, B. Boletim 100: Recomendação de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Campinas: IAC, 2022, 489 p.
PREZOTTI, L. C. Guia de interpretação de análise de solo e foliar / PREZOTTI, L. C.; GUARÇONI, A. M. – Vitória, ES: Incaper, 2013. 104 p. Disponível em: https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/40/1/Guia-interpretacao-analise-solo.pdf. Acesso: 19 de junho de 2023.
SOBRAL, L.F.; BARRETTO, M.C.V.; SILVA, A.J.; ANJOS, J.L. Guia prático para interpretação de resultados de análises de solos. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2015. 13 p. (Documentos / Embrapa Tabuleiros Costeiros, ISSN 1678-1953; 206). Disponível em: www.bdpq.cnptia.embrapa.br. Acesso: 19 de junho de 2023.
SOUZA, D.M.G.; LOBATO, E. (eds). Cerrado: correção do solo e adubação. 2. ed. – Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2004. 416 p. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/555355/cerrado-correcao-do-solo-e-adubacao. Acesso: 20 de junho de 2023.
Sobre a autora:
Beatriz Nastaro Boschiero
Especialista em MKT de Conteúdo na Agroadvance
- Pós-doutora pelo CTBE/CNPEM e CENA/USP
- Mestra e Doutora em Solos e Nutrição de Plantas (ESALQ/USP)
- Engenheira Agrônoma (UNESP/Botucatu)