Você já reparou que diferentemente de outros produtos agrícolas como soja, milho e café, a cana-de-açúcar não possui contratos futuros negociados em bolsa ou índices de preço do mercado a vista?
Isso ocorre, pois, as verdadeiras commodities do setor sucroenergético são os produtos derivados da cana-de-açúcar, ou seja, o açúcar e etanol, em detrimento do produto agrícola em si.
Sendo assim, a melhor forma de se atribuir preço à tonelada da cana-de-açúcar é a partir da conversão dos preços do açúcar e do etanol.
Este é o cerne da metodologia Consecana, desenvolvida pelo Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (CONSECANA-SP) e adotada voluntariamente por grande parte dos produtores e usinas deste Estado e outros para a celebração de contratos de fornecimento de matéria-prima.
Fique conosco e entenda um pouco mais sobre como se obtém o valor da tonelada da cana-de-açúcar!
Evolução dos sistemas de precificação da cana-de-açúcar: do peso ao ATR
O complexo agroindustrial canavieiro, que pode ser considerado a atividade econômica mais antiga do Brasil, teve grande parte de sua história marcada por uma forte intervenção estatal.
Entre as décadas de 30 e 90 o Instituto de Açúcar e Álcool (IAA) foi responsável pela definição de cotas de produção por unidade industrial, pela fixação dos preços das matérias primas e produtos e pela operacionalização das exportações do açúcar excedente produzido em todo o contexto nacional.
Por grande parte dos anos regulamentados, o pagamento da cana-de-açúcar foi realizado simplesmente pelo peso entregue, não considerando a qualidade da matéria-prima.
Em 1982, através de um Ato publicado em Diário Oficial, estabeleceu-se que a partir da safra de 1983/84 todas as usinas e destilarias com mais de três anos de funcionamento, teriam que pagar a cana aos fornecedores pelo teor de sacarose, este sistema de pagamento denominava-se Pagamento da Cana pelo Teor de Sacarose (PCTS).
A partir deste momento, as entregas dos carregamentos nas unidades industriais passaram a ser analisadas para determinação do preço da tonelada de cana. Mas ainda assim, o governo fixava o preço, o qual poderia ter um ágio caso a cana entregue apresentasse uma qualidade superior à cana padrão do Estado e, um deságio, caso a cana entregue apresentasse uma qualidade inferior à cana padrão do Estado.
A partir de 1997, com a definitiva desregulamentação do setor, foi constituído um grupo técnico formado por cinco representantes dos produtores de cana, indicados pela Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA) e cinco representantes do setor industrial, indicados pela União da Agroindústria do Açúcar e do Álcool do Estado de São Paulo (UNICA), formando assim o Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (CONSECANA-SP).
O principal objetivo da consolidação deste grupo foi a criação de um novo sistema de pagamento de livre adoção baseado na qualidade da matéria-prima e nos preços atualizados do açúcar e do etanol que passaram a ser definidos por livre mercado.
Neste novo sistema de pagamento também passaria a ser adotada como referência de qualidade da matéria prima a medida denominada de ATR (Açúcar Total Recuperável), que expressaria a concentração total de açúcares recuperáveis (sacarose, glicose e frutose) no processo industrial em quilograma por tonelada de cana-de-açúcar.
Sistema de precificação CONSECANA
O sistema de precificação Consecana é regido por um manual de instruções, conhecido como o Manual do Consecana, que estipula regras para execução das análises de qualidade da matéria prima que devem ser seguidas pelas unidades industriais, bem como a metodologia utilizada para obtenções dos índices de preço do ATR, mensais e acumulados, divulgados mensalmente em publicações chamadas de Circulares do Consecana.
Conforme já mencionado, a aferição da qualidade da matéria prima é feita pela medida de ATR, que é expressa em quilogramas de açúcares recuperáveis por tonelada de cana-de-açúcar (Kg/t) e o índice de preço, por sua vez, é expresso em reais por quilograma de açúcar recuperável (R$/Kg).
Logo, a multiplicação destes fatores permite a obtenção do preço por tonelada de cana-de-açúcar (R$/t).
Determinação da qualidade da matéria prima pelo ATR e o ATR Relativo
O processo de aferição do ATR nas unidades receptoras de matéria prima é denominado análise tecnológica e consiste sobretudo na amostragem padronizada dos carregamentos de cana-de-açúcar, extração e análise do caldo, conforme destacado na Figura 1.
Fonte: O autor, adaptado de ALCARDE (2023).
O objetivo principal da análise tecnológica é a determinação da concentração de sacarose, medida pela variável POL, e de açúcares redutores (glicose e frutose) no caldo da cana-de-açúcar. A partir da aferição destes valores obtém-se o ATR, que considera uma perda por fatores industriais padronizada de 8,5%.
Portanto, os resultados da análise tecnológica determinarão o ATR que, por sua vez, será utilizado na determinação do pagamento ao produtor de cana-de-açúcar. Logo, espera-se que estes agricultores busquem, além de boas produtividades no campo, expressa em TCH (toneladas de cana por hectares), colher e entregar carregamentos de cana com boas concentrações de ATR para maximizar suas receitas.
Entretanto, o comportamento da concentração de açúcares no caldo da cana-de-açúcar não é determinado apenas pelo manejo agronômico. O processo de maturação, como é chamado, depende de condições favoráveis de temperatura e umidade.
Mais especificamente, a planta da cana-de-açúcar responde fisiologicamente a condições de clima seco e frio induzindo à maturação e proporcionando o acúmulo de açúcares, sobretudo sacarose, em seus colmos. Sendo assim, obtém-se as melhores apurações de ATR durante os meses de inverno no centro-sul do Brasil, como se pode observar na Figura 3, que apresenta o comportamento do POL da cana ao longo do ano.
Em função deste comportamento sazonal da concentração de açúcares no caldo da cana-de-açúcar e do seu reflexo na precificação da cana-de-açúcar, historicamente houve uma preferência dos produtores em concentrar suas entregas durante os meses de julho a setembro.
No entanto, é interesse das unidades industriais manter uma moagem constante e por uma quantidade maior de meses para diluição de seus custos fixos. Por conta disso, historicamente foi necessário que as usinas sacrificassem seu próprio canavial durante os meses de início e fim de safra, haja vista que durante estes períodos havia pouca entrega de produtores.
Dessa forma, visando estimular a entrega linear de matéria-prima nas indústrias, o Consecana incluiu nas revisões do Manual de Instruções o método do ATR Relativo.
O ATR relativo é calculado considerando-se a quantidade de ATR entregue pelo fornecedor, a quantidade de ATR de toda a cana processada pela unidade industrial na quinzena e a média do ATR das últimas cinco safras.
Com esse Sistema de Pagamento Relativo, o ATR de pagamento do fornecedor passa a ter um comportamento mais linear ao longo da safra de tal forma que os valores no início e fim de safra passam a ser maiores, estimulando a entrega de carregamentos também nestes períodos.
A fórmula de cálculo do ATR Relativo segundo o Manual de Instruções é expressa da seguinte maneira:
ATRr = ATRfq + ATRus – ATRuq
Onde:
- ATRr = Açúcar Total Recuperável relativo ao fornecedor
- ATRfq = Açúcar Total Recuperável do fornecedor na quinzena
- ATRuq = Açúcar Total Recuperável da usina (própria + fornecedor) na quinzena
- ATRus =Açúcar Total Recuperável da unidade industrial (própria + fornecedor) segundo a média das últimas cinco safras
Esta fórmula também pode ser expressa da seguinte forma:
ATRr = ATRus + (ATRfq – ATRuq)
Nesta notação simplificada pode-se interpretar o binômio “(ATRfq – ATRuq)” como o diferencial de qualidade do fornecedor frente à usina (própria + fornecedor) na quinzena de entrega. Pela consideração deste diferencial, e não simplesmente a aplicação da média das últimas cinco safras, os produtores continuam sendo remunerados de maneira meritocrática segundo a qualidade da matéria prima que entregam.
Em outras palavras, se um produtor se destacar positivamente na quantidade de ATR entregue em uma determinada quinzena, pelo bom manejo varietal, processo de colheita e uso de maturadores, por exemplo, ele deverá receber um incremento em relação à média das últimas cinco safras. Entretanto, o oposto também é verdadeiro.
Formação dos preços de Açúcar e Etanol
Aferida a variável de qualidade da matéria prima, precisa-se definir o valor do índice de preço, expresso rem reais por quilograma de ATR, para se obter o valor da tonelada de cana-de-açúcar entregue.
O ponto de partida para cálculo do preço por quilograma de ATR é a obtenção dos preços dos produtos nas unidades de medida em que eles são comercializados.
Para isso, é necessário definir quais produtos serão avaliados, haja vista que existem diversos tipos de açúcares e etanóis e estes são comercializados para diversas finalidades, o que reflete em diferentes precificações.
Visando estruturar a coleta de preços o Sistema Consecana determinou uma cesta de nove produtos e destinações, sendo eles:
- ABMI – Açúcar Branco Mercado Interno
- ABME – Açúcar Branco Mercado Externo
- AVHP – Açúcar VHP (Very High Polarization – Exportação)
- EAC – Etanol Anidro Combustível
- EHC – Etanol Hidratado Combustível
- EAI – Etanol Anidro Industrial
- EHI – Etanol Hidratado Industrial
- EAE – Etanol Anidro Exportação
- EHE – Etanol Hidratado Exportação
Segundo o Manual do Consecana, “a apuração dos preços médios dos produtos acabados praticados nos mercados, internos e externos, e livres de tributos e fretes, na condição PVU/PVD [Posto Veículo Usina/Posto Veículo Destilaria], será realizada por instituições independentes e de notória capacitação técnica”.
A muitos anos a instituição escolhida pelo corpo técnico do CONSECANA-SP para fazer estas apurações é o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP), localizado em Piracicaba-SP. No site da instituição são publicados os mesmos preços de açúcar mercado externo, açúcar mercado interno e etanóis utilizados nas Circulares do Consecana.
Conversão dos preços de Açúcar e Etanol em ATR
Feito o levantamento dos preços atualizados dos produtos da cana-de-açúcar, é preciso convertê-los à unidade comum de reais por quilograma de ATR utilizado na produção. Essa conversão é realizada por meio de fatores estequiométricos de conversão pré-definidos no manual, apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Fatores estequiométrico de conversão do Consecana
Produto | Unidade de medida da cotação do produto | Fator de Conversão (Kg ou L produto → Kg ATR) |
ABMI | 50 Kg (saca) | 1,0495 |
ABME | t | 1,0495 |
AVHP | t | 1,0453 |
EAC | m3 | 1,7492 |
EHC | m3 | 1,6761 |
EAI | m3 | 1,7492 |
EHI | m3 | 1,6761 |
EAE | m3 | 1,7492 |
EHE | m3 | 1,6761 |
Participação do custo da cana-de-açúcar (matéria prima) no custo do açúcar e do etanol
Além de se basear no pagamento pela qualidade da matéria prima, uma característica distinta do Sistema Consecana é a remuneração baseada no compartilhamento das receitas das unidades industriais segundo a participação da etapa agrícola no custo total de produção do açúcar e etanol.
Sendo assim, o objetivo do sistema é “repassar” ao produtor rural o valor capturado pelas usinas no ato da venda dos produtos no mercado na proporção dos custos de produção assumidos pelo produtor rural. Esta proporção é fixa, porém distinta para açúcar e etanol, e definida no Manual de Instruções.
Portanto, após conversão do valor dos produtos em quilogramas de ATR, para prosseguimento dos cálculos que culminarão no índice de remuneração do produtor aplica-se as proporções de 59,50% aos açúcares e 62,10% aos etanóis. Estas são as parcelas de “repasse” do preço dos produtos aos fornecedores de cana-de-açúcar.
Na Figura 4 pode-se observar, a critério de exemplo, a conversão dos preços conforme regras explanadas até aqui:
Curva de Velocidade de Comercialização e a ponderação dos preços mensais para cálculo dos preços mensais acumulados
Até a etapa de cálculo apresentada na seção anterior foi possível obter os valores mensais dos produtos em quilogramas de ATR e nas proporções de participação dos fornecedores. Entretanto, segundo o Manual de Regras o índice efetivo para pagamento dos produtores deve considerar o preço acumulado ao longo da safra.
A conversão dos preços mensais por produto em preços acumulados da safra é obtida pela aplicação da chamada “curva de velocidade de comercialização dos produtos da cana-de-açúcar”, que é divulgada pelo Consecana em suas circulares e obtida a partir de dados das vendas realizadas nas últimas 3 safras cujo peso de cada uma é determinado nas seguintes proporções: 50% para a última safra; 30% para a penúltima safra e 20% para a antepenúltima safra.
Na Figura 5 pode-se observar um exemplo de como esta conversão é realizada:
Mix de produção e comercialização dos produtos derivados da cana-de-açúcar
Tendo sido calculados os preços mensais acumulados de cada produto na participação dos fornecedores, para obtenção do preço médio do quilograma de ATR na participação dos fornecedores, basta sabermos qual é relevância de cada produto na cesta, para que se possa fazer uma ponderação justa dos valores.
A esta relevância/proporção de cada produto na cesta, dá-se o nome de “Mix de Produção e Comercialização” e pode ser adotada pelas unidades industriais para pagamento dos fornecedores, desde que em comum acordo, em uma das seguintes visões:
- Mix de Produção e Comercialização da unidade industrial receptora;
- Mix de Produção e Comercialização do grupo econômico da unidade industrial receptora;
- Mix de Produção e Comercialização do Estado,
Na Tabela 2 pode-se observar, como exemplo hipotético, um possível Mix de Produção e Comercialização do Estado, modalidade adotada por diversas usinas como referência para composição do preço final do quilograma de ATR.
Tabela 2. Mix Hipotético de Produção e Comercialização do Estado
Produto | U.M. Produto | Quantidade Produto | Fator | ATR (em t) | % do ATR (ou Mix) |
ABMI | t | 4.475.547 | 1,0495 | 4.697.087 | 8,836% |
ABME | t | 3.278.392 | 1,0495 | 3.440.673 | 6,4272% |
AVHP | t | 20.929.142 | 1,0453 | 21.877.232 | 41,153% |
EAC | m3 | 5.158.854 | 1,7492 | 9.023.868 | 16,975% |
EHC | m3 | 5.761.874 | 1,6761 | 9.657.477 | 18,167% |
EAI | m3 | 54.362 | 1,7492 | 95.090 | 0,179% |
EHI | m3 | 586.287 | 1,6761 | 982.675 | 1,849% |
EAE | m3 | 946.752 | 1,7492 | 1.656.058 | 3,115% |
EHE | m3 | 1.032.133 | 1,6761 | 1.729.959 | 3,254% |
TOTAL | 53.160.120 | 100% |
Determinação do índice de preço médio
Por fim, na Tabela 3 pode-se observar, a critério de exemplo, o cálculo final do índice de preço, obtido a partir da ponderação dos preços mensais acumulados dos produtos pelo mix de produção do Estado.
Este resultado representa o preço médio acumulado da safra do quilograma de ATR conforme participação dos fornecedores.
Tabela 3. Cálculo do índice de preço médio
Produto | % do ATR (ou Mix) | Preço dos produtos acumulados na participação dos fornecedores (Mar) | Preço dos produtos acumulados na participação dos fornecedores ponderados pelo Mix (Mar) |
ABMI | 8,836% | 1,5261 | 0,1348 |
ABME | 6,472% | 1,5243 | 0,0987 |
AVHP | 41,153% | 1,4132 | 0,5816 |
EAC | 16,975% | 0,9033 | 0,1533 |
EHC | 18,167% | 0,8041 | 0,1461 |
EAI | 0,179% | 0,9610 | 0,0017 |
EHI | 1,849% | 0,8685 | 0,0161 |
EAE | 3,115% | 0,9151 | 0,0285 |
EHE | 3,254% | 1,0071 | 0,0328 |
TOTAL | 100,000% | 1,1935 |
Conclusão
O setor sucroenergético, que possui uma longa história no contexto nacional, passou por algumas transformações no formato de remuneração dos produtores independentes que entregam a matéria-prima (cana-de-açúcar) nas unidades industriais.
O sistema de pagamento, que por anos foi regulamentado pelo governo, passou de uma remuneração por toneladas, para uma remuneração pela quantidade de sacarose para enfim chegar na remuneração atual do Sistema Consecana.
Este sistema, que foi desenvolvido nos anos 90 e é utilizado até os dias de hoje, fincou sua presença no setor sucroenergético porque, dentre outros fatores, parte do princípio de remunerar os agricultores segundo a representatividade do custo de produção da cana-de-açúcar no custo de produção total do açúcar e do etanol.
Além disso, o Sistema Consecana leva em consideração a qualidade da matéria-prima e preços atualizados dos produtos da cana-de-açúcar.
Por fim, a Figura 6 ilustra de maneira concisa todo o mecanismo de cálculo para de o valor de uma tonelada de cana-de-açúcar.
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Referências
SACHS R. C. C. Remuneração da tonelada de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. Instituto de Economia Agrícola (IEA). Informações Econômicas, SP, v.37, n.2, fev. 2007. Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/ie/2007/pag%2055-66.pdf. Acesso em: 30 de Mai. 2024
ALCARDE A. R. Análise tecnológica da cana-de-açúcar. Material do curso Expert em cana-de-açúcar da Agroadvance. 2023.
CONSELHO DOS PRODUTORES DE CANA-DE-AÇÚCAR, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULOCONSECANA-SP. Manual de instruções. Piracicaba, 2006.
BACCHI M., DE BARROS A. M. Exemplo para o agronegócio nacional. Folha de S. Paulo de 14/05/10, pág. A3- Tendências/Debates.
AZEVEDO G. Orplana e Unica anunciam acordo para revisão do Consecana-SP. 2023. Canal Rural. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/agricultura/cana/orplana-e-unica-anunciam-acordo-para-revisao-do-consecana-sp/. Data de acesso: 03 de Mai. 2024.
GALLUCCI A. Revisão do Consecana: discussões entre usinas e canavieiros se intensificam. Notícias Associação dos Produtores de Cana de Guariba (SOCICANA), 2024. Disponível em: https://socicana.com.br/noticias/revisao-do-consecana-discussoes-entre-usinas-e-canavieiros-se-intensificam/. Data de acesso: 03 de Mai. 2024.
Sobre o autor
Rafael Eckhardt Souza
Gerente de Território de Fornecedores de Cana - Raízen
- Especialista em Cana-de-açúcar (Agroadvance)
- MBA em Finanças (Saint Paul Escola de Negócios)
- Engenheiro Agrônomo (ESALQ/USP)
Respostas de 2
Parabéns pelo artigo! A abordagem detalhada e didática sobre o preço do ATR foi extremamente esclarecedora. É evidente o esforço em desmistificar um tema tão complexo, tornando-o acessível para todos os leitores.
Gostaria de lançar uma reflexão sobre os novos subprodutos da cana-de-açúcar, como o bagaço para cogeração de energia, etanol 2G, filtro de torta, cinza, vinhaça concentrada, levedura, entre outros. Esses subprodutos têm se tornado fontes significativas de renda para as usinas. No entanto, isso ocorre muitas vezes sem uma remuneração justa para os produtores da matéria-prima. Como podemos evoluir para um modelo de negócios mais justo que reconheça e recompense adequadamente os produtores pelo valor gerado a partir desses subprodutos?
Pergunta que muitos se fazem atualmente e carece de resposta que esta difícil de encontrar quem a responda . Vamos responder ?