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Marketing digital no agronegócio: 7 estratégias eficientes

Marketing digital no agronegócio: O que é? Quem pode usar e como? Descubra 7 estratégias que estão em alta para aplicar e aumentar a visibilidade no Agro.

O agronegócio ainda é considerado por muitos um setor tradicional e por vezes conservador. Mas um movimento de mudança está ocorrendo. Além de novas tecnologias em soluções, o agro está abrindo as portas para novas estratégias de mercado.

O marketing digital é um pilar importante nesse contexto, sendo um canal de aproximação com o público, que hoje se encontra em peso na internet. O digital possibilita uma comunicação atual e abrangente de marcas e produtos.

Por mais que os primeiros passos já tenham sido dados pelo marketing digital no agronegócio, ainda há muito o que otimizar e evoluir. Profissionais da área, sejam eles agrônomos que trabalham com marketing ou marketeiros que trabalham no agro, precisam se atualizar constantemente para executar estratégias mais eficientes. 

Leia o artigo e confira 7 estratégias eficientes e que estão em alta de marketing digital para o agronegócio.

O que é o marketing digital?

O marketing digital pode ser interpretado como o conjunto de ferramentas digitais e práticas que possibilitam a conexão com o cliente via internet, visando a comunicação de um produto, marca ou serviço.

Com o surgimento da internet e a popularização do ambiente virtual, notou-se que ali havia uma grande oportunidade de exposição e promoção de uma infinidade de coisas, principalmente produtos.

O que antes precisava ser impresso, entregue, colocado em locais estratégicos ou ainda transmitido na TV ou rádio para atingir determinado público, com o advento da internet basta realizar uma única publicação, que esta fica disponível por tempo ilimitado, para “montar uma vitrine” e cumprir o mesmo propósito.

Porém, com o passar do tempo os especialistas da área notaram que não era simples assim. Fazer uma publicação sem a comunicação adequada pode atrapalhar mais que ajudar, assim como publicar em um momento não favorável, ou errar o canal, a mídia, o contexto, o horário, o formato…

A lista de variáveis que influenciam na eficiência do marketing digital é extensa, mas pode ser resumida em uma palavra: estratégia.

Assim como o marketing “tradicional”, o marketing digital começou a ser visto como uma ciência, e foi/é estudado para que pudesse/possa gerar um impacto positivo e metrificável.

Dessa forma, nascem as estratégias de marketing digital, que utilizam de diversas possibilidades, formatos e caminhos para serem executadas.

Podem ser incluídos em estratégias de marketing digital: e-mails, aplicativos de mensagens, redes sociais, blogs, anúncios pagos, ferramentas de busca e muito mais.

Não é obrigatório o uso de todas as ferramentas disponíveis. Elas devem ser utilizadas conforme a aplicabilidade, em conjunto ou separadas. O que pode funcionar para uma realidade talvez não seja o ideal para outra, por isso tudo dependerá do objetivo de quem monta a estratégia.

 Em nível de produto, ou linhas de produto, isso também é válido. Cada produto apresenta necessidades específicas, ou até obstáculos, que irão delimitar o tipo de campanha a ser traçada.

Por isso, estratégias de marketing digital devem conter pesquisas, dados, metas, planejamento e execução para se certificar de que a campanha atinja seu objetivo.  

Aplicações do marketing digital: quem pode usar e como?

O marketing digital pode ser entendido como uma ferramenta “universal”, e as possibilidades de uso abrangem todos os setores.

Atualmente, ao pesquisar na internet sobre qualquer produto, desde defensivos agrícolas até produtos de beleza, pode ser encontrado tudo: informações sobre o produto, imagens, avaliações dos clientes, preço, onde comprar ou até a opção de comprar na hora e receber em casa.

E se você pesquisa, entra nos sites ou nas redes sociais, ou possui qualquer tipo de interação com a marca, logo já começa a aparecer uma infinidade de anúncios sobre ela ou sobre o produto. Até parece que o celular está te observando, não é mesmo?

Mas, de uma forma simples, ele realmente faz isso.

Basicamente, o famoso algoritmo consegue rastrear seus interesses através das suas pesquisas e interações durante o uso da internet. Por isso ele consegue fornecer para você o produto que te interessa (ou mais se aproxima dos seus interesses), seja na rede social ou em outros sites.

Esse fenômeno acontece porque as empresas que desejam que seus produtos apareçam para o público certo pagam por isso. Este seria um exemplo de mídia paga, que utiliza de gerenciadores como o Facebook Ads e Google Ads.

Estratégias de marketing digital também podem ser traçadas com base em ferramentas e canais gratuitos. Porém, o investimento em marketing pode potencializar os resultados e tornar as campanhas mais assertivas.

Então, para começar a traçar uma estratégia é importante reconhecer suas possibilidades e limitações, adequando as ações e trabalhando para construir um resultado sólido e consistente.

Existe muitas outras possibilidades de aplicações do marketing digital: podcasts, blogs, lançamentos de produtos, parcerias de divulgação e mais. E todos elas podem ser utilizadas pelo agronegócio.

  • Marketing digital no agronegócio

O agronegócio é visto por muitos como um setor conservador. Mas esse cenário vem sendo transformado. É perceptível que a agricultura está evoluindo nas áreas de tecnologia, inteligência artificial, precisão, dados e performance.

Em grande parte, essa evolução é impulsionada pelas empresas do agro, que além de otimizar seus produtos também estão modernizando e melhorando seus processos, principalmente os que estão relacionados à aquisição e manutenção de clientes.

Nesse contexto, o marketing digital vem ganhando espaço e evidenciando sua importância para alcançar bons resultados.

Tradicionalmente, o modelo de negócio das grandes empresas do agro é pautado na distribuição dos produtos através das revendas e de representantes que vão diretamente ao produtor apresentar e efetivar a venda.

Mesmo que ainda hoje esse modelo predomine, cada vez mais é possível ver as empresas do agro no ambiente digital, presentes em redes sociais, gerando conteúdo, divulgando ações culturais e sociais, entre outras atividades.

Algumas até já apostam em marketplaces, aplicativos e sites como canal de vendas. E a tendência é que esses modelos cresçam cada vez mais e evoluam.

Para isso, é necessário buscar novas estratégias, aprimorar as que já estão sendo feitas e acompanhar a movimentação da internet, que a cada dia apresenta atualizações e novidades.

Saiba mais sobre as estratégias que estão em alta para aplicar no agro.

7 estratégias eficientes para aplicar o marketing digital no agronegócio

Veja a seguir 7 estratégias que estão em alta para aplicar no Agro.

Defina para quem as campanhas devem ser direcionadas

O primeiro passo para colocar em prática estratégias eficientes de marketing é definir muito bem o objetivo a ser alcançado.

De um modo geral, os objetivos das ações serão relacionados a aumentar o alcance da marca, aumentar o número de vendas, o reconhecimento…

Enfim, para cumprir todos esses objetivos é fundamental conhecer o público, entender quem será atingido pelas ações. Isso facilita a tomada de decisão acerca de como será a execução e possibilita, posteriormente, a análise dos resultados.

Conhecer a fundo o perfil de clientes potenciais pode resultar em estratégias mais assertivas, através do reconhecimento do melhor canal, melhor comunicação e melhores ferramentas para alcançar esse objetivo.

Para isso, o primeiro passo pode ser dado definindo o ICP, sigla em inglês para Ideal Customer Profile, traduzindo: Perfil de Cliente Ideal.

Esse conceito diz mais a respeito da venda em si, ou seja, quem será a pessoa que de fato comprará o produto ou serviço, quem está disposto a pagar o valor oferecido e enxerga a transformação proposta.

A definição de ICP pode ser realizada através de pesquisas, principalmente da própria base de clientes.

Fazendo um estudo das características de quem já é cliente, será possível encontrar padrões e assim definir quais pessoas possivelmente estão mais dispostas a comprar.

No caso de negócios B2C o ICP pode ser definido através das seguintes características:

  • Sexo, gênero;
  • Renda média;
  • Ocupação, cargo;
  • Localização geográfica: região estado, etc.

Já para negócios B2B a dinâmica as características a serem observadas mudam. Algumas delas possivelmente são:

  • Faturamento;
  • Setor ou área de atuação;
  • Dentre outras.

Colocando em foco um perfil geral é possível partir para a próxima etapa: definir uma persona.

A persona é um cliente fictício que pode ser criado para que haja entendimento de como as pessoas que são parte do ICP se comportam.

Por isso, nessa definição entram aspectos comportamentais, dores, sonhos, propósitos… cada detalhe importa e pode ser usado em um determinado ponto da estratégia.

Pesquisas quantitativas e qualitativas, entrevistas e outros estudos podem contribuir com dados mais precisos e úteis para construir a persona.

Com as informações você poderá montar um mapa de empatia, que servirá de guia.

mapa de empatia marketing digital no agronegócio
Figura 1. Exemplo de mapa de empatia.
Fonte: O analista de modelo de negócios (2023)

Tendo em vista o ICP e a persona, o próximo passo é definir o público-alvo de cada campanha.

Ou seja, o público-alvo para cada estratégia de marketing digital no agronegócio pode mudar. Sempre visando o ICP e tendo a(s) persona(s) em mente é possível fazer essa segmentação e personalizar as campanhas.

Exemplo: você pode fazer uma campanha específica para produtores rurais, outra para estudantes de agronomia, para pessoas que trabalham em grandes empresas ou até para CEOs do agronegócio.

Dessa forma, as ações ganham mais eficiência e os resultados podem ser mensurados a partir da análise de dados, concluindo se o público-alvo definido foi atingido ou não.

Aumentar a relevância nas redes sociais

As redes sociais são ferramentas indispensáveis para estratégias de marketing digital. Ainda mais quando se leva em consideração que mais da metade da população mundial são usuários dessas redes.

Uso de mídeas digitais marketing digital no agronegócio
Figura 2. Dados sobre o uso de mídias sociais no mundo.
Fonte: Global Digital Overview DataReportal (2022)

Quando quero comprar algo, primeiramente, faço uma pesquisa e encontro o que puder sobre as empresas que fornecem o produto ou serviço desejado. Com base no que encontro na internet, e principalmente nas redes sociais, avalio se o que é oferecido atende minha necessidade. Mas, além disso, avalio se me identifico com a proposta da empresa, se ela me representa em suas comunicações e posicionamentos.

Esse comportamento se tornou comum entre os consumidores de todos os setores. É esperado que os agentes da cadeia do agronegócio sigam essa tendência.

Por isso, empresas, revendas e todos aqueles que possuem o público agro como cliente ideal, devem estar presentes nas redes sociais.

Entretanto, não é somente sobre fazer um perfil em todas as redes e postar o catálogo de produtos. O seu público-alvo pode ter uma rede social preferida, por isso é muito importante conhecer esse comportamento como vimos no tópico acima.

É provável que seus clientes ideais estejam nas redes mais populares como WhatsApp, Instagram e Facebook (Figura 3). Além disso, também podem estar nessas redes investidores, parceiros, concorrentes, enfim, outras empresas ou empresários que são do seu interesse.

Por isso, é importante ter um perfil e manter a atividade, se mostrando sempre disponível e acessível para o público geral.

plataformas de mídias sociais preferidas no mundo. marketing digital no agronegócio
Figura 3. Dados sobre as plataformas de mídias sociais preferidas no mundo.
Fonte: Global Digital Overview DataReportal (2022)

Mas para alcançar o objetivo da campanha, além de marcar presença nesses ambientes, é necessário que o conteúdo ofertado seja compatível com os interesses do seu cliente ideal.

Ser referência no conteúdo que o seu cliente busca

O conteúdo é um pilar importante do marketing digital e não deve ser negligenciado.

Kotler e Keller (2019) definem o marketing como o processo de se obter o que deseja através da troca de valores com outros. Para ocorrer essa troca você precisa mostrar, além do valor do produto em si, o valor de estabelecer uma relação com você, ou sua empresa. Em outras palavras você pode oferecer mais.

E essa oferta pode estar relacionado ao compartilhamento do conhecimento. Afinal, quem vende um produto ou serviço entende da área em que está inserido, então porque não mostrar isso ao público.

Essa divulgação de conhecimento, seja em qualquer área, pode ser realizada através de:

  • Posts nas redes sociais (estático, vídeo, carrossel…)
  • Artigos de blog;
  • Podcast;
  • Informativos técnicos;
  • Newsletter;

No agronegócio ainda existe muita demanda por conteúdo, principalmente conteúdo técnico. Produtores rurais querem estar por dentro das novas tecnologias, novos produtos e manejos.

Compartilhar informações sobre esses temas pode fazer com que o cliente seja atraído de forma mais natural e espontânea, gerando a troca de valor esperada e uma maior disposição para conhecer seu produto.

Por exemplo, empresas de produtos biológicos podem compartilhar nas redes sociais informações sobre tecnologias de aplicação de seus produtos, ou um microrganismo específico que participa no controle de uma praga ou doença que está em alta… As possibilidades são muitas!

Conectar um conteúdo de qualidade derivado de referências confiáveis, com uma necessidade atual do cliente ou um assunto em alta é a receita perfeita para que você atraia o ICP correto.

Manter constância na divulgação desses conteúdos contribui para construir uma imagem de referência na área e ganhar autoridade com o público.

Criar e manter um canal de comunicação próxima com o lead usando o e-mail

O e-mail é usado há muito tempo no marketing e entrega bons resultados. Ele é um importante canal para manter uma via de contato próxima com o possível lead.

Em estratégias de e-mail marketing é importante direcionar o conteúdo, para não ser algo desinteressante e nem confuso. A mensagem precisa ser interessante, clara e direta.

Para isso, é possível utilizar gatilhos logo no assunto do e-mail, para que o receptor fique curioso o bastante para abrir e continuar lendo o conteúdo.

Mais uma vez a importância de conhecer quem é o seu cliente aparece: o assunto do e-mail precisa conquistar a pessoa. Imagine que essa mesma pessoa recebe em sua caixa de entrada muitos conteúdos de marketing e vendas, ela já está saturada de mensagens padrão. Por que ela deve parar e ler especificamente o seu e-mail?

Quem escreve esse tipo de conteúdo precisa saber o tema correto que irá despertar o interesse do receptor.

Já no corpo do e-mail, é importante manter um nível de proximidade. Escrever o e-mail em primeira pessoa, como se você estivesse falando pessoalmente, pode ser de grande impacto uma vez que aumenta sensação de familiaridade e leveza. Um e-mail muito formal ou com muito teor de “propaganda” pode até afugentar as pessoas em vez de aproximar.

Nesse contexto, outros pontos importantes seriam: tratar a pessoa pelo nome e deixar claro a transformação que você deseja gerar, ou o nível de consciência que você deseja que ela atinja.

O e-mail é uma ferramenta muito eficiente não só para transmitir mensagens, mas para levar as pessoas a uma ação. Podem ser utilizados botões para que a pessoa visite outras páginas da internet, baixe conteúdos e até faça inscrições.

Por isso, um ponto que não pode deixar de ser mencionado é que o call to action (chamada para ação, em português) deve estar explícito. Ou seja, escrever exatamente o que é esperado que a pessoa faça, como por exemplo: “clique aqui para acessar nosso catálogo” ou “Faça sua inscrição clicando no botão abaixo”.

Todos os e-mails de uma mesma empresa podem seguir um determinado padrão, ou pelo menos o mesmo “tom de voz”, trazendo reconhecimento para sua comunicação.

Otimizar a jornada do lead dentro das suas dependências digitais

Se colocar no lugar de quem visita suas páginas ou suas redes é um bom exercício para descobrir onde estão os gargalos da captação.

Para isso, é necessário definir o caminho, ou os caminhos, que podem existir para que o lead percorra até executar uma ação esperada.

A ação pode ser desde se inscrever para receber o contato da empresa ou realizar a compra em si, os caminhos que levam até esses fins podem ser diferentes, então cada caso deve ser analisado particularmente.

Analisar sempre com o objetivo para encontrar pontos de melhoria. Para isso, imagine-se visualizando uma página pela primeira vez. Quais são as primeiras impressões? Os caminhos apresentados depois desse primeiro contato estão claros? Algum detalhe pode desviar o lead da ação que é esperada que ele faça? E se o lead decidir agir da maneira esperada, está tudo correto para que ele consiga atingir o propósito final?

Fazendo uma analogia, imagine que você se depara com um grande cartaz apontando uma grande promoção em uma loja física. Com interesse, você entra na loja, apenas para conferir a promoção ou com interesse em um produto específico. Todas as prateleiras estão bagunçadas, os produtos fora de ordem, não existe sinalização de onde é o caixa e todos os atendentes estão ocupados. Parece até que a loja não se importa muito se existem clientes ali, não é mesmo? Por isso, você vira suas costas e procura um lugar onde podem te atender melhor.

O mesmo ocorre no ambiente digital: não adianta utilizar gatilhos agressivos e peças de design perfeitas se o lead não vê clareza nos caminhos a serem seguidos, seja a partir de um conteúdo, de uma página ou no checkout direto. Ele provavelmente não vai apresentar uma grande disposição para ficar procurando o caminho certo, ele vai sair da página e buscar outra similar.

Por isso, até no ambiente digital, organização e comunicação clara (mais uma vez) são peças fundamentais. Essas são algumas das práticas que podem levar a melhoria da taxa de conversão.

Destaque-se nos anúncios de mídia paga

A mídia digital paga é uma ferramenta que traz, principalmente, volume. Por isso, se o objetivo é atrair clientes em escala e há disposição para investir em marketing digital no agronegócio essa é uma ferramenta indispensável.

Atualmente, anúncios em redes sociais é o que mais vemos, seja rolando pelo feed ou passando os stories, no caso do Instagram.

Por isso, para obter uma estratégia eficiente de mídia paga, é necessário ter em mente a quantidade de anúncios que a pessoa já visualizam diariamente. É preciso pensar em como se destacar entre eles, a fim de que o seu anúncio seja aquele que realmente captura atenção e gera cliques.

Existem técnicas de copy que podem ajudar nessa missão.

As headlines, ou títulos de textos usados em artes voltadas para o marketing digital no agronegócio, podem usar e abusar de gatilhos, eles atraem e prendem a atenção de quem lê.

São opções de gatilhos:

  • Antecipação: Para anunciar algo que será lançado, preparar o cliente para a aquisição. Exemplos: “Vem aí”, “Save the date”, “Está chegando”
  • Escassez: Para alavancar vendas ou divulgações em andamento, fazer com que as pessoas enxerguem que o que é oferecido é raro e valioso. Exemplos: “Restam poucas unidades”, “Última oportunidade”, “O estoque está se esgotando”, “Últimas vagas”, “Exclusivo”, “Edição limitada”
  • Urgência: Pode ser usado no mesmo propósito da escassez, trazendo a ideia de que a decisão deve ser tomada o mais rápido possível, se não a oportunidade será perdida. Exemplos: “Última oportunidade”, “Últimos dias de promoção”, “Só até amanhã”,
  • Dor vs. prazer: Evidenciar um problema latente que o público em questão possui (dor) para que ele se identifique, e posteriormente apresentar a solução (prazer) que seu produto oferece. Exemplos de dores no agro: “Altos preços de fertilizantes”, “O manejo fitossanitário é um dos maiores custos do produtor rural”, “O clima pode atrapalhar a safra”

Existem outros gatilhos que podem ser utilizados, o importante é adequar a comunicação ao produto, usando de forma autêntica.

Marketing de influência

O marketing de influência vem ficando cada vez mais presente no agronegócio. Cantores sertanejos, criadores de conteúdo de humor do agro, produtores que divulgam suas rotinas e criadores de conteúdos técnicos são os perfis mais notáveis nesse tipo de estratégia, no setor.

Para campanhas com influenciadores digitais é importante definir bem o objetivo central da campanha, ou seja, qual será o papel do influenciados nela.

Outro ponto a ser definido é o orçamento, pois ele pode delimitar as possibilidades de contrato.

Por outro lado, existe a permuta, que, basicamente, pode ser executada enviando um produto, ou presentando o influenciador com um serviço, em troca ele faz a divulgação. Isso, geralmente, depende do influenciador.

Seja por contrato ou permuta, o mapeamento dos influenciadores é o passo a seguir. Nessa etapa é importante estudar as métricas e características de cada potencial parceiro. Pontos a serem observados:

  • Tipo de influenciador (pequeno, autoridade, líder de causa, celebridades, etc);
  • Tipo de conteúdo que o influenciador entrega e se há compatibilidade com o produto ou marca em questão;
  • Tamanho e impacto do perfil (número de seguidores, engajamento, alcance, impressões);
  • Se possível, perfil dos seguidores (gênero, faixa etária, região…)

Posteriormente, no momento do alinhamento e passagem dos briefings para o influenciador é importante deixar os detalhes em evidência: o que pode ou não ser falado ou divulgado, qual a mensagem principal… tudo bem explicado para que o objetivo da ação se cumpra sem desvios.

Case de sucesso de marketing digital no agronegócio: Syngenta

A Syngenta recentemente apostou em uma estratégia de marketing de conteúdo que rendeu bons resultados.

A campanha consistiu na criação de um canal que entrega conteúdo personalizado para cada perfil de produtor rural, visando fornecer informações relevante, que se aplicam a cada momento que ele passa em sua lavoura.

O objetivo central foi apontado como a aproximação do produtor rural durante a jornada da produção agrícola, através do fornecimento rápido e gratuito de informação.

Dentre os resultados obtidos nessa ação estão: 40% de engajamento nas redes sociais de Syngenta e mais de 1,4 milhões de visualizações de páginas.

O diferencial da estratégia foi enxergar a pluralidade de produtores rurais que existem no Brasil.

Existe uma diversidade de cultivos dentro da agricultura brasileira, isso faz com que cada grupo de produtor possua necessidades e desafios diferentes.

O tamanho de cada produtor também é um fator que subdivide esses grupos, tornando ainda mais particular cada caso. Com essa linha de raciocínio, a estratégia de conteúdo da Syngenta foi ultra segmentar o seu público.

Ou seja, é fazer como faz a Netflix, mostrar uma página inicial diferente para cada usuário com base nas suas preferências. Mas, além disso, é enxergar o momento de cada produtor, o que o mercado, a política e o clima impõem e como isso reflete na sua rotina.

O que nos faz retomar a primeira estratégia apresentada aqui no artigo, que na verdade é a base para qualquer tomada de decisão: conheça a fundo o público, entenda suas dinâmicas e necessidades. Assim é que nasce uma boa estratégia de marketing digital, também no agronegócio.

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Referências 

Andreazzi, Fernanda. ICP, Persona e Público-Alvo: Não Confunda esses 3 Conceitos. Blog. 2021. Disponível em:< https://leadster.com.br/blog/perfil-de-cliente-ideal-icp-persona-e-publico-alvo/>. Acesso em: 27 dez. 2023.

Gartner. The Framework for Ideal Customer Profile Development. Blog. 2019. Disponível em:< https://www.gartner.com/en/articles/the-framework-for-ideal-customer-profile-development#:~:text=The%20ideal%20customer%20profile%20(ICP,informed%20by%20predictive%20analytics%20software>. Acesso em: 26 dez. 2023.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 15 ed. São Paulo: Pearson, 2019.

Luchiari, Diogo. Canal Mais Agro: case de sucesso em marketing digital. Blog. Macfor. 2022. Disponível em:<https://macfor.com.br/canal-mais-agro-case-marketing-digital-no-agronegocio/>. Acesso em: 07 jan. 2024.

Sobre a autora

Lívia Amaral

Lívia Amaral

Analista de Go-To-Market na Agroadvance

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