Ao longo do tempo, o conceito de fertilidade do solo vem passando por uma evolução importante: do enfoque exclusivamente químico para uma abordagem mais ampla e integrada. Ainda assim, a essência do conceito permanece válida! Afinal, no fim das contas, o produtor precisa de solo fértil para produzir bem.
Saber interpretar uma análise de solo, conhecer os nutrientes exigidos por cada cultura e entender os fatores que limitam a absorção de nutrientes pelas plantas são habilidades essenciais para qualquer profissional do agro. E tudo começa com a pergunta mais básica (e estratégica): o meu solo é fértil?
Nesse artigo vamos entender o que é fertilidade do solo, como esse conceito evoluiu ao longo do tempo e o que ele tem a ver com produtividade agrícola, qualidade e saúde do solo.
O que é fertilidade do solo?
Fertilidade do solo é a capacidade do solo de fornecer, em quantidade e proporção adequadas, os nutrientes essenciais necessários para o crescimento e o desenvolvimento das plantas.
Esse conceito, consagrado desde o século XIX, sempre foi central na agricultura e ainda hoje é a base para o manejo nutricional das lavouras. A fertilidade é o que permite que a planta expresse seu potencial produtivo, desde que outros fatores — como clima, manejo e sanidade — também estejam favoráveis.
Tradicionalmente, a fertilidade do solo está associada a parâmetros químicos, como:
- Disponibilidade de macro e micronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Zn),
- pH do solo,
- Saturação por bases
- Capacidade de Troca Catiônica (CTC).
Esses dados orientam práticas de manejo importantes como calagem e adubação. No entanto, nas últimas décadas, o conceito de fertilidade do solo que considerava prioritariamente as propriedades químicas evoluiu, incorporando também características físicas e biológicas do solo.
Afinal, um solo pode ser quimicamente fértil, mas improdutivo se estiver compactado ou com baixa atividade biológica. Por isso, hoje entende-se que a fertilidade é um dos pilares da qualidade e saúde do solo, ao lado da estrutura física e da vida microbiana.
Organismos do solo, por exemplo, são essenciais na transformação de nutrientes, ciclagem da matéria orgânica e até mesmo na proteção contra doenças. Além disso, solos férteis são fáceis de trabalhar, absorvem e filtram bem a água da chuva, reduzem o risco de erosão e assoreamento e ajudam a mitigar o aquecimento global por meio do sequestro de carbono.
Propriedades de um solo fértil
Um solo fértil apresenta várias propriedades (Figura 1):
- é rico em nutrientes necessários para a nutrição básica das plantas (incluindo nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre);
- contém micronutrientes suficientes para nutrição das plantas (incluindo boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco);
- contém uma quantidade adequada de matéria orgânica do solo;
- tem pH em uma faixa adequada para produção agrícola (entre 5,5 e 6,5);
- tem uma estrutura quebradiça;
- é biologicamente ativo;
- tem boas qualidades de retenção e fornecimento de água.

Fertilidade, qualidade e saúde do solo: entenda as diferenças e a evolução dos conceitos
A produtividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro estão diretamente ligadas à forma como entendemos e manejamos o solo. Por isso, termos como qualidade do solo e saúde do solo tem ganhado espaço, principalmente nas pesquisas agronômicas.
Apesar de muitas vezes serem utilizados como sinônimos de fertilidade do solo, esses termos possuem significado, origem e foco distintos.
Evolução dos conceitos
Ao longo das últimas décadas, esses conceitos evoluíram, acompanhando avanços da ciência do solo e mudanças nas práticas agrícolas. Entender essas diferenças é essencial para quem busca alta produtividade com conservação dos recursos naturais.
Tabela 1. Comparação entre os conceitos de fertilidade do solo, qualidade do solo e saúde do solo
Aspecto | Fertilidade do solo | Qualidade do solo | Saúde do solo |
Ênfase principal | Nutrientes e produção vegetal | Funções do solo no uso da terra | Solo como ecossistema vivo |
Atributos avaliados | Químicos | Químicos, físicos e alguns biológicos | Químicos, físicos e biológicos integrados |
Abordagem histórica | Clássica, agronômica | Funcional, conservacionista | Holística, ecológica e regenerativa |
Objetivo | Produção | Sustentabilidade da função do solo | Sustentabilidade + resiliência |
Exemplos de indicadores | N, P, K, pH, CTC | Densidade, estrutura, Matéria Orgânica, pH | Respiração do solo, biomassa microbiana |
Fertilidade do Solo: o ponto de partida
A fertilidade do solo foi o primeiro conceito técnico amplamente utilizado na agricultura. Trata-se da capacidade do solo de fornecer nutrientes em quantidades e proporções adequadas, além de estar livre de elementos tóxicos, como o alumínio (Al³⁺) presente em solos ácidos, para assim, suportar a produção agrícola.
No Brasil esse conceito ganhou força especialmente a partir da década de 1960, com a expansão da agricultura sobre o Cerrado, a correção da acidez dos solos e o uso de fertilizantes minerais, como os fertilizantes fosfatados.
Qualidade do Solo: produtividade com sustentabilidade
Nas décadas de 1970 e 1980, pesquisadores perceberam que apenas nutrientes não garantem produtividade duradoura. Surgiu então o conceito de qualidade do solo, com foco em sua capacidade de manter múltiplas funções dentro do ecossistema: produção agrícola, qualidade da água e do ar, e equilíbrio ambiental. Essa visão trouxe à tona indicadores físicos e biológicos, além dos químicos.
No Brasil, a partir dos anos 1990, estudos começaram a adaptar esses indicadores à realidade tropical, com destaque para a matéria orgânica e a atividade microbiana.
Saúde do Solo: o solo como um sistema vivo e dinâmico
A parir dos anos 2000, o conceito de saúde do solo começou a ganhar força, com abordagem mais sistêmica e integradora. Ela é definida como a capacidade contínua do solo de funcionar como um ecossistema vivo vital, sustentando plantas, animais e seres humanos.
Mais do que um recurso físico-químico, o solo passa a ser tratado como organismo vivo e interativo. Essa nova visão impulsiona práticas como o plantio direto, sistemas integrados (ILP, ILPF) e sistemas agroflorestais, que favorecem a ciclagem de nutrientes, o acúmulo de matéria orgânica e a multifuncionalidade do solo.
A transição dos conceitos: linha do tempo
A evolução dos conceitos de fertilidade, qualidade e saúde do solo no Brasil está intimamente ligada à transformação das práticas agrícolas. Veja a linha do tempo resumida:
- Décadas de 1960–1980: foco na fertilidade química, correção da acidez e adubação com P e K em monoculturas sob preparo convencional do solo.
- Décadas de 1980–1990: surgimento em práticas de manejo conservacionista, como plantio direto, rotação de culturas e uso de plantas de cobertura.
- Anos 2000 em diante: crescimento de sistemas integrados (ILP, ILPF, SAFs), onde o solo é visto como um sistema vivo, com ênfase na saúde do solo e serviços ecossistêmicos.
Hoje, fala-se em fertilidade sistêmica do solo, um conceito que reforça a ideia de que a funcionalidade do solo depende de fluxos contínuos de energia, matéria orgânica, biodiversidade e interações complexas entre os componentes do sistema agrícola.

Por que isso importa?
Entender essa evolução é mais do que uma questão conceitual. É um passo essencial para garantir a longevidade dos sistemas agrícolas. Um solo fértil pode sustentar uma lavoura hoje, mas só um solo saudável sustentará a produção no longo prazo.
Práticas como adubação orgânica, plantio direto verdadeiro, rotação diversificada e integração lavoura-pecuária-floresta não são apenas “boas práticas” — são estratégias de segurança agrícola para enfrentar desafios como mudanças climáticas, degradação e pressão por produtividade.
E na prática?
Uma revisão sistemática realizada por Nunes e colaboradores (2025) realizadas na Flórida, mostrou que, mesmo diante do avanço dos conceitos de fertilidade, qualidade e saúde do solo, a maioria dos estudos agronômicos tem enfoque apenas na fertilidade química, focada em atributos químicos, especialmente N e P.
A integração com atributos físicos e biológicos é ainda incipiente, tanto na pesquisa quanto no campo, o que reforça a importância de ferramentas mais práticas e acessíveis para monitorar a saúde do solo de forma mais completa.
Avaliação da fertilidade e saúde do solo
A avaliação da fertilidade do solo permanece como uma das práticas mais consolidadas na agricultura, sendo a base para o manejo nutricional das culturas. Tradicionalmente, essa avaliação foca em indicadores químicos, como pH, teores de nutrientes (P, K, Ca, Mg) e capacidade de troca de cátions (CTC).
Contudo, nos últimos anos, a forma de se diagnosticar a fertilidade vem passando por uma evolução metodológica — deixando de ser exclusivamente química e incorporando, gradativamente, atributos físicos e biológicos, que influenciam diretamente a disponibilidade de nutrientes, a estrutura do solo, a atividade microbiana e a eficiência do uso dos insumos.
No Brasil, esforços têm sido feitos por pesquisadores para que o produtor consiga avaliar de forma prática e simples a qualidade do seu solo, como veremos com mais detalhes a diante.
1. Diagnóstico químico: o núcleo da avaliação
O primeiro e mais tradicional passo na avaliação da fertilidade do solo é a análise química. Ela continua sendo indispensável para:
- Determinar os teores disponíveis de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S) e micronutrientes (Zn, B, Mn, Cu, Fe);
- Avaliar pH do solo, capacidade de troca catiônica (CTC), saturação por bases (V%), acidez potencial (H+Al) e alumínio trocável (Al³⁺);
- Estimar o grau de acidez ou alcalinidade e possíveis toxicidades por alumínio ou salinidade.
Essas informações são fundamentais para a recomendação de calagem, adubação corretiva e de manutenção, segundo as exigências específicas das culturas. No entanto, embora essencial, só a análise química não é suficiente para explicar a produtividade de uma lavoura ou a eficiência no uso dos fertilizantes.
2. Considerando o papel dos atributos físicos
Solos com boas quantidades de nutrientes podem apresentar baixo desempenho produtivo quando há limitações físicas, como:
- Alta compactação, dificultando o crescimento radicular;
- Baixa infiltração e retenção de água, especialmente em solos arenosos ou mal estruturados;
- Porosidade inadequada, afetando aeração e dinâmica da água.
Por isso, avaliações como densidade do solo, resistência à penetração, condutividade hidráulica e estabilidade de agregados são cada vez mais utilizadas, especialmente em sistemas de produção conservacionistas ou de agricultura regenerativa.
3. A biologia do solo como fator chave
O entendimento atual da fertilidade do solo não pode ignorar os processos biológicos que ocorrem na rizosfera. Microrganismos do solo são diretamente responsáveis por:
- Mineralização da matéria orgânica e liberação de nutrientes;
- Solubilização de fósforo e outros elementos pouco disponíveis;
- Produção de substâncias bioativas, como fitohormônios e antibióticos naturais.
Indicadores como:
- Respiração microbiana,
- Atividade enzimática (ex. fosfatases, ureases),
- Biomassa microbiana
- e o conteúdo de carbono orgânico e nitrogênio microbiano
passam a ser considerados em análises mais avançadas de fertilidade funcional, especialmente em estudos de sistemas agroecológicos, orgânicos e regenerativos.
4. Fertilidade funcional e integração com indicadores de saúde do solo
Por sua natureza ampla e complexa, não existe um método direto para medir a saúde do solo. Em vez disso, sua avaliação depende da integração de indicadores químicos, físicos e biológicos, bem como das interações entre eles, que, analisados em conjunto, refletem sua capacidade de sustentar funções essenciais, como:
- Suporte à produtividade vegetal
- Ciclo de nutrientes e água
- Regulação do clima e da biodiversidade
- Resiliência a estresses ambientais
Nos últimos anos, pesquisadores e instituições têm desenvolvido ferramentas simples, rápidas e acessíveis para avaliação da saúde do solo diretamente no campo.
Esses métodos possibilitam diagnósticos visuais ou qualitativos, que podem ser usados para monitoramento, extensão rural, tomada de decisão agronômica e engajamento do produtor.
Entre as principais iniciativas mundiais destacam-se:
- VESS (Visual Evaluation of Soil Structure)
- PGPE (Guia Participativo de Qualidade do Solo)
- Biofunctool®
- Solvita Kit
- Soil Health Cards (Índia)
- Soil Quality Test Guide (USDA)
Esses kits permitem, por exemplo, observar agregação do solo, presença de raízes, minhocas, odor e cobertura superficial, com escalas de classificação simples (bom, médio, ruim).
Destaque brasileiro: Kit SOHMA
No Brasil, o Kit SOHMA (Soil Health On-site Monitoring and Assessment), desenvolvido pelo grupo do Prof. Roberto Cherubin (ESALQ/USP), é uma das ferramentas mais adaptadas à realidade do agricultor brasileiro. Ele permite a avaliação rápida da saúde do solo em campo, sem necessidade de laboratório, conforme mostrado em publicação recente do grupo (Figura 3).

O KIT SOHMA avalia nove indicadores visuais, organizados em três categorias:
1. Propriedades físicas:
- Estrutura do solo
- Porosidade visível
- Infiltração de água
2. Propriedades biológicas:
- Presença de raízes
- Atividade biológica (ex. minhocas)
- Odor característico (matéria orgânica ativa)
3. Superfície do solo:
- Presença de palhada
- Crostas superficiais
- Compactação visual
A avaliação é feita com base em escalas qualitativas (bom, médio, ruim), com o apoio de um guia ilustrado que facilita o diagnóstico. O tempo de aplicação varia entre 30 e 40 minutos por área avaliada.
Além de acessível, o SOHMA se mostra eficiente para monitorar o impacto de diferentes práticas de manejo — como rotação de culturas, cobertura vegetal, compostagem e plantio direto — sobre a saúde do solo ao longo do tempo.
Esse KIT deve estar disponível para o produtor em breve, de acordo com o Professor Roberto Cherubin.
5. Quando e como coletar as amostras de solo?
A qualidade da amostragem impacta diretamente a confiabilidade da avaliação da fertilidade do solo. No entanto, é fundamental compreender que o procedimento de coleta varia conforme o tipo de análise desejada: química, física ou biológica.
✅ Para análises químicas e físicas (tradicionais):
Essas análises visam determinar a disponibilidade de nutrientes e características físicas estruturais do solo. As recomendações são:
- Realizar a coleta em épocas secas ou de menor umidade, evitando períodos com chuvas recentes;
- Coletar o solo com umidade próxima à capacidade de campo — ou seja, úmido ao toque, mas sem saturação;
- Utilizar trado ou sonda limpa, coletando de forma homogênea em zigue-zague, conforme o tamanho da área;
- Profundidade de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm.
- Após a coleta, secar o solo à sombra e enviar ao laboratório em saco de papel ou embalagem apropriada.
✅ Para análises biológicas (ex: respiração microbiana, biomassa, DNA do solo):
Por envolverem organismos vivos e enzimas, esse tipo de análise exige cuidados específicos:
- A amostra deve ser coletada com o solo em sua umidade natural de campo — nunca seco ao ar;
- Evitar coleta após eventos climáticos extremos (chuvas fortes, geadas);
- Não secar ao ar e não deixar em temperatura ambiente;
- Colocar as amostras imediatamente em um recipiente plástico vedado e manter sob refrigeração entre 4 e 8 °C;
- Transportar em caixa térmica e enviar ao laboratório em até 24–48 horas (alguns métodos permitem até 72 h);
- Para análises mais sensíveis (ex: DNA microbiano), pode ser necessário o congelamento com gelo seco.
Tabela 2. Resumo prático sobre coleta de solo para análise química, física e biológica
Tipo de análise | Umidade do solo na coleta | Armazenamento | Envio ao laboratório |
Química / Física | Úmido (capacidade de campo) | Secagem à sombra ou natural | Até 7 dias |
Biológica | Umidade natural (sem secar) | Refrigeração (4–8 °C) | Preferencialmente em até 48 h |
Conclusão
Ao longo da história da agricultura, a fertilidade do solo foi — e continua sendo — a base para a produtividade e a resiliência dos sistemas agrícolas. Entretanto, seu conceito evoluiu: deixou de ser apenas uma medida da disponibilidade química de nutrientes e passou a integrar atributos físicos e biológicos do solo, refletindo sua funcionalidade ecológica.
Compreender essa evolução é essencial para técnicos, consultores e produtores que buscam não apenas altos rendimentos, mas uma produção consistente, rentável e ambientalmente equilibrada. Avaliar corretamente a fertilidade, manejar com base em diagnósticos precisos e integrar práticas conservacionistas são passos fundamentais para uma agricultura mais eficiente e regenerativa.
Nesse sentido, a fertilidade do solo não é apenas um indicador agronômico: é um compromisso com o futuro do agro.
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Referências
SCHIEBELBEIN, B.E.; SOUZA, V.S.; CHERUBIM, M.R. Soil health and management assessment kit (SOHMA KIT®): Development and validation for on-farm applications. Environmental and Sustainability Indicators. V. 27, 100802. 2025. DOI: 10.1016/j.indic.2025.100802.
SINGH, M.; NUNES, M.R. A 30-Year overview of soil fertility, soil quality, and soil health research in Florida. Ecological Indicators, v. 176, 113660, 2025. DOI: 10.1016/j.ecolind.2025.113660.
VEZZANI, F.M.; ANGHINONI, I.; CHERUBIN, M.R.; MENDES, I.C. Soil Health and Modern Brazilian Agriculture. In MENDES, I.C.; CHERUBIN, M.R. (Eds). Soil Health Series: Volume 3 Soil Health and Sustainable Agriculture in Brazil. pp. 1-18, 2024. DOI: 10.1002/9780891187448.ch1.
Sobre a autora:

Beatriz Nastaro Boschiero
Especialista em Conteúdo na Agroadvance
- Pós-doutora pelo CTBE/CNPEM e CENA/USP
- Mestra e Doutora em Solos e Nutrição de Plantas (ESALQ/USP)
- Engenheira Agrônoma (UNESP/Botucatu)
Como citar este artigo: BOSCHIERO, B.N. Fertilidade do solo: do diagnóstico químico à saúde do solo. Blog Agroadvance. 2025. Disponível em: https://agroadvance.com.br/blog-fertilidade-do-solo-a-saude-do-solo/. Acesso: xx Xxx 20xx.