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Soja e milho: “hoje me sinto muito mais seguro em manejar pragas e doenças”

Há 12 anos atuando na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada em Sidrolândia/MS, Celso Bottcher se orgulha em relatar a sua trajetória até chegar ao cargo de gerência. Sempre com muita humildade, ele iniciou na propriedade como ajudante durante a safra e atualmente enxerga um crescimento exponencial dia a dia dentro dos negócios.

Celso Bottcher, Gerente da Fazenda Nossa Senhora Aparecida

Além de gerenciar as lavouras, ele também é responsável em monitorar as culturas e realiza essa atividade entre uma e duas vezes por semana, definindo processos como escolha do dia para a aplicação dos defensivos, detecção de pragas e doenças. A Fazenda Nossa Senhora Aparecida pertence a um grupo de cinco fazendas e a unidade na qual Celso atua possui 1300 hectares com foco 100% em soja e milho.

Desafios da safra atual

Celso comentou que no último mês de dezembro, os primeiros talhões de soja sofreram com a ausência de chuvas por 28 dias. “Não chegou a quebrar a nossa safra, mas, reduziu as nossas expectativas. Na safra 2019/2020, colhemos em média 72 sacas de soja e em 2021/2022, devido a um problema de falta de chuvas, foram apenas 41 sacas. O milho safrinha colhemos bem, foi algo em torno de 124,3 sacas/ha, pois o regime de chuvas ajudou”, disse ele.

Os primeiros talhões de soja começaram a ser colhidos aproximadamente no dia 10 deste mês de janeiro e a expectativa é algo em torno de 60 a 65 sacas/ha. No restante da área, é esperado uma média de 68 a 70 sacas. “Se conseguirmos fechar entre 67 a 68 sacas/ha, para nós, já é sinônimo de uma boa produtividade”, destacou.

Pragas e doenças

Questionado sobre os principais problemas hoje encontrados com relação à proteção das plantas, Celso comentou que enfrentam desafios com mancha-alvo, mancha-parda, míldio e oídio. “Em um dos talhões, sofremos com a mela e em outro, detectamos a antracnose por conta da excessiva umidade no início da temporada”. Ele ainda acrescentou que na cultura do milho, na região, a cigarrinha é o maior entrave.

Mancha-alvo e mancha-parda

É interessante pontuar que, assim como a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, na safra 2022/2023 houve muitos relatos de sojicultores que também enfrentaram desafios com a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) e a mancha-parda (Septoria glycines).

O fungo da mancha-alvo é encontrado em praticamente todas as regiões de cultivo de soja do Brasil. As lesões se iniciam por pontuações pardas, com halo amarelado, evoluindo para grandes manchas circulares, de coloração castanho-clara a castanho-escura, atingindo até 2 cm de diâmetro. Geralmente, as manchas apresentam uma pontuação escura no centro, semelhante a um alvo. Cultivares suscetíveis podem sofrer severa desfolha, com manchas pardo-avermelhadas na haste e nas vagens. O fungo também infecta raízes.

Mancha alvo na soja
Fonte: Embrapa Soja

O fungo da mancha-parda também sobrevive em restos de cultura e a infecção e o desenvolvimento da doença são favorecidos por condições quentes e úmidas. A dispersão dos esporos ocorre pela ação da água e do vento. O fungo necessita de um período mínimo de molhamento de 6 horas e temperaturas entre 15°C e 30°C para desenvolver sintomas, com um ótimo de 25°C. Os primeiros sintomas aparecem cerca de duas semanas após a emergência, como pequenas pontuações ou manchas de contornos angulares, castanho-avermelhadas, nas folhas unifolioladas. Em situações favoráveis, a doença pode atingir os primeiros trifólios e causar severa desfolha.

Mancha parda na soja
Fonte: Embrapa Soja

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“Após assistir as aulas, passei a me sentir mais firme nos posicionamentos cotidianos e inclusive recebi vários elogios do dono da fazenda. Estou extremamente contente com o curso e vejo um caminho muito rico de aprendizado e crescimento, sempre mantendo o pé no chão e cada vez mais me desenvolvendo e aprendendo para contribuir com o agronegócio”.

Fontes consultadas:

Manual de identificação de doenças de soja, 5a edição, Embrapa Soja, 2014.

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