A plantabilidade nas lavouras é um dos pilares fundamentais para alcançar o máximo potencial produtivo das culturas. Ela se refere à capacidade de distribuir as sementes de forma uniforme no solo, garantindo a população correta e a profundidade adequada de plantio. Esses fatores são cruciais para maximizar o rendimento, minimizando perdas desde o início do ciclo de produção.
Neste artigo, exploraremos os principais aspectos que influenciam a plantabilidade e como assegurar uma semeadura eficiente, evitando falhas que podem comprometer o desempenho da sua safra.
O que é plantabilidade?
A plantabilidade é o termo utilizado para se referir a distribuição uniforme de sementes ao longo do sulco de plantio.
3 fatores definem a plantabilidade:
- Uniformidade de distribuição das sementes;
- População correta;
- Profundidade adequada.
Uniformidade de distribuição das Sementes
O potencial de rendimento da lavoura é definido em função da sua qualidade no momento da semeadura. 100% da capacidade de uma produção está na semente, onde tem o início do patamar produtivo.
A medida que as práticas de manejo são realizadas a campo (plantio, tratos culturais e colheita) aumentam as possibilidades de perdas. Quanto mais o produtor puder diminuir esse impacto, mais se manterá o potencial da produção.
Podemos fazer uma analogia entre a semeadura com uma corrida: se o corredor larga bem na prova ele só precisa se manter a frente. Porém, se a largada não for boa é preciso muito esforço para se recuperar.
A falha por metro influencia?
Sim. No plantio de uma linha, uma semente que deixa de cair já é o suficiente para influenciar a uniformidade. No passado se acreditava que a medida que a cultura da soja crescesse haveria uma compensação da população, algo que através de estudos foi descartado.
Por isso, é de extrema importância plantar com o máximo de capricho e regularidade, pois toda falha ocorrida resulta em perca.
BOA PLANTABILIDADE + SEMENTE DE QUALIDADE = ALTO RENDIMENTO
População correta e Profundidade adequada
Conforme se torna mais recorrente a utilização do plantio direto, os fabricantes de semeadouras vem batendo bastante na tecla da profundidade, buscando melhorar esse ponto devido a palhada que recobre o solo e causa inúmeras variações na altura da semente plantada.
Provavelmente tenha surgido a dúvida, e qual a profundidade correta? Na soja, a média de plantio está em torno de 3 a 4 centímetros, mas é sempre importante levar em consideração o tipo do solo (argiloso ou arenoso) isso influenciará na umidade que ele possui.
Ausência da uniformidade e suas consequências
Uma má execução no momento do plantio pode gerar inúmeras consequências que sempre resultarão diretamente em perdas de produção, pois a utilização dos recursos existentes (como água, luz e nutrientes) é diminuída.
Sendo assim, os prejuízos são gerados por dois causadores, sendo eles as “falhas e duplas” que estão ligadas justamente com a distribuição de plantas e seu espaçamento.
Em definição, no espaçamento ocorre uma “falha” quando se encontra um espaçamento 1,5 vezes o tamanho recomendado. Já uma “dupla” é definida quando encontrado um espaçamento 50% menor que o recomendado para a soja.
Exemplo: Em um plantio o espaçamento recomendado entre plantas é de 10cm, ou seja, 10 plantas por metro linear. Dessa forma, quando o espaçamento entre plantas for inferior a 5cm, tem-se uma “dupla”, já quando o espaçamento for superior a 15cm, identifica-se uma “falha”.
Falhas e duplas
Já nas duplas, a proximidade entre as plantas é grande e isso faz com que a competição entre elas aumente, seja por luz, água ou nutrientes. A produção se torna menor, pois principalmente quando competem por radiação solar isso faz com que plantas cresçam mais que o comum, porém com esse crescimento diminui a ramificação dessas plantas.
Outro ponto, é que sementes mais vigorosas germinarão mais rapidamente, desta forma, as plantas que se destacam dominam as plantas vizinhas.
Quando há muitas plantas dominantes e dominas em uma população, sua tendência pode ser alterar a estrutura da lavoura, esta modificação pode impedir que os defensivos alcancem os lugares necessários.
A velocidade de plantio é um importante fator que contribui para uma maior produção, visto que a mesma está diretamente relacionada com a uniformidade das sementes no solo, juntamente a boa qualidade das sementes, é possível ocorrer um aumento de até 8% na produtividade da soja.
Já nas duplas, a proximidade entre as plantas é grande e isso faz com que a competição entre elas aumente, seja por luz, água ou nutrientes. A produção se torna menor, pois principalmente quando competem por radiação solar isso faz com que plantas cresçam mais que o comum, porém com esse crescimento diminui a ramificação dessas plantas.
Outro ponto, é que sementes mais vigorosas germinarão mais rapidamente, desta forma, as plantas que se destacam dominam as plantas vizinhas.
Quando há muitas plantas dominantes e dominas em uma população, sua tendência pode ser alterar a estrutura da lavoura, esta modificação pode impedir que os defensivos alcancem os lugares necessários.
A velocidade de plantio é um importante fator que contribui para uma maior produção, visto que a mesma está diretamente relacionada com a uniformidade das sementes no solo, juntamente a boa qualidade das sementes, é possível ocorrer um aumento de até 8% na produtividade da soja.
Fatores que prejudicam a boa Plantabilidade
Quais são os fatores que prejudicam a boa plantabilidade? Podemos elencar três principais:
- A) Solo e Planta
- B) Insumos
- C) Máquina
A) Quando falamos nos fatores solo e planta a umidade tanto do solo como da palha são razões para afetar a qualidade do plantio, ambos encharcados podem causar o chamado embuchamento.
Dessa forma, é importante que o solo esteja razoavelmente úmido e a palhada totalmente seca ou verde pois facilita o corte, dessa forma no momento do plantio caso não tenha tempo para dessecar da forma correta é indicado o plantio em palhada verde devido a facilidade proporcionada.
B) Pensando nos insumos (sementes e adubos) suas qualidades estão diretamente ligadas, sendo elas: física (uniformidade de partículas), fisiológica e sanitária (germinação e vigor).
A uniformidade dos grãos de fertilizantes é extremamente importante pois pode ocorrer segregação, fazendo com que os menores caiam primeiro e os maiores depois podendo assim, alterar a formulação do produto.
Por isso, realizar a inspeção linha a linha e não por média da distribuição tanto de sementes como adubos é importante, assim evita que seja escondido imperfeições que ocorrem na execução.
C) Por fim, a regulagem e manutenção das máquinas precisam estar em dia. Pneus devem estar com a pressão correta pois a influência no balançar e deslize da roda motriz interferem na produtividade, por causar desuniformidade do plantio.
Quando falamos entre qualidade de semeadora fica a discussão, mecânica ou pneumática?
E a resposta é que as duas reguladas vão bem, assim como desreguladas vão mal, entretanto com a pneumática ganha-se um pouco mais de velocidade e um pouco menos de interferência da uniformidade da semente, visto que na mecânica a relação com o tamanho do disco e o anel, a qualquer alteração no tamanho da semente gera um problema.
Monitoramento da Plantabilidade
Felizmente, problemas de plantabilidade podem ser detectados a tempo de replantar a área, para isso precisamos de métricas. E quando se trata dessa identificação não precisamos reinventar a roda, ou de alta tecnologia, é necessário avaliação, as duas mãos, uma trena e um celular.
Dessa forma, no momento de iniciar o plantio deve-se andar por um espaço, parar, e desenterrar as sementes e assim avaliar população, equidistância, profundidade, a quantidade de falhas e duplas na linha e calcular o coeficiente de variação.
E para auxiliar nesses cálculos é possível contar com a ajuda do aplicativo de celular GPD (Grupo de Plantio Direto) que funciona como se fosse uma tabela de Excel.
Com ele não é necessário levar computador mais para o campo, pois conforme são feitas as medições as informações são inseridas no aplicativo, onde o mesmo realiza o cálculo do coeficiente de variação e entrega o resultado, proporcionando assim a possibilidade de comparação entre talhões e os plantios de diferentes anos.
Quando falamos de avaliação da plantabilidade a importância está no seguinte fato, quanto mais avalio, menos erros são cometidos.
Tendo números de anos anteriores o desafio sempre será ser melhor no próximo ano, e assim utilizar de técnicas para melhorar em relação ao que já foi feito, através de uma melhor regulagem na semeadoura, diminuir a velocidade, plantar em outro tipo de palhada, entre outras possibilidades. O importante é a melhoria contínua.
População de plantas e produtividade
Ajustar a população de plantas de milho de acordo com o potencial produtivo de cada zona de manejo pode ser a chave para aumentar a produtividade e reduzir custos.
Em *áreas de menor potencial produtivo, reduzir a densidade de plantas* traz benefícios, enquanto nas *zonas de alta produtividade, o aumento do número de plantas por hectare* pode resultar em maiores colheitas.
Quer entender melhor como isso funciona e maximizar seus resultados no campo? Assista a explicação do Professor Vinicius Cunha!
Conclusão
A soja tem grande potencial de crescimento conforme tecnologias e manejos crescem. E a plantabilidade, além da qualidade da semente, tem enorme peso, pois ela tem uma alta importância no sistema de plantio, pois quem já começa perdendo demanda de muito esforço para recuperar.
Plantar com capricho é o ideal sempre, os tempos gastos com testes e regulagens não são perdas, mas sim investimento para sua lavoura. Avalie, conheça os pontos que interferem em sua plantabilidade, e os mantenha sob controle.
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