Com a evolução do agronegócio, as preocupações e exigências relacionadas ao controle fitossanitário e segurança dos alimentos produzidos e das lavouras estão cada vez maiores. O aumento de produtividade exige que medidas fundamentais para proporcionar segurança sanitária sejam implantadas de forma rápida, eficiente e barata.
Neste artigo vamos explicar como implantar o controle dessas medidas utilizando Data Science: O controle manual, comumente utilizado, muitas vezes não consegue suprir os requisitos. Dessa forma, tecnologias de informação e comunicação têm sido cada vez mais utilizadas para:
- Aumentar a automação e a velocidade dos processos de controle fitossanitário;
- Identificar problemas com agilidade, minimizando possíveis prejuízos econômicos, ambientais e sociais;
- Identificar, a partir de variáveis ambientais e históricas, áreas potencialmente sujeitas a problemas, antes deles se manifestarem.
Ou seja, a ciência de dados pode auxiliar no diagnóstico de doenças e pragas na lavoura, acelerando medidas de manejo e reduzindo custos.
Onde tudo começou
Uma das principais preocupações dos produtores desde sempre tem sido evitar prejuízos ligados à manifestação e proliferação de pragas e doenças em suas lavouras. Com o desejo de que o combate seja eficiente, é fundamental que o diagnóstico seja correto, e o mais rápido possível.
Quando o monitoramento é feito visualmente, por meio de especialistas que realizam visitas no campo com o intuito de reconhecer possíveis problemas que estejam ocorrendo, esse método pode apresentar alguns problemas potenciais:
- Esses especialistas nem sempre estão disponíveis para realizar o monitoramento com a frequência necessária, principalmente em lugares distantes;
- O custo atrelado a esse monitoramento pode ser um empecilho para pequenos produtores;
- Ainda que haja disponibilidade de mão de obra e recursos, pode ser muito difícil fazer um monitoramento minucioso, especialmente no caso de grandes propriedades.
Por conta disso, ferramentas computacionais que auxiliem no manejo fitossanitário foram desenvolvidas. Elas têm como objetivo: identificar, quantificar, classificar doenças e pragas, além de reduzir o tempo para que as primeiras ações sejam colocadas em prática, principalmente na ausência de um especialista.
Data Science em ação no controle fitossanitário
Através de sensores instalados em campo, a coleta de informações como: dados de histórico climático regional e da propriedade, incidência de pragas e doenças, e suas variações proporcionou que esses bancos dados fossem processados, interpretados formando softwares de celular e computador que auxiliam os produtores nesse monitoramento para tomada de decisão, proporcionando velocidade e autonomia. Este alto grau de autonomia possui algumas vantagens:
- O usuário não necessita de conhecimento específico a respeito do problema, já que toda a informação necessária para o diagnóstico está contida no sistema;
- Computadores não se cansam, portanto é possível fazer muitas avaliações ininterruptamente, o que possibilita monitoramento permanente;
- Computadores não estão sujeitos a ilusões de ótica que frequentemente acometem avaliadores humanos;
- Em geral possuem baixo custo de operação.
A principal desvantagem deste tipo de sistema é sua dependência em relação à qualidade da base de dados utilizada no seu desenvolvimento. Todavia, o conhecimento está disponível e é possível desenvolver bases de dados de qualidade.
Como funciona o controle fitossanitário com o auxílio da ciência de dados?
Percorrendo os talhões, o profissional consegue registrar observações e informações relevantes para a cultura, gerando dados para o aplicativo. É possível também tirar fotos das pragas e sintomas de doenças presentes na lavoura para fornecer maiores detalhes.
Com isso, o aplicativo processa as informações e fornece um mapa de calor da infestação para cada área, facilitando as visitas ao campo e a análise de dados dos monitoramentos, proporcionando planejamento mais assertivo para as ações agrícolas. O agricultor pode encontrar dessa tecnologia, por exemplo, no Farmbox, que faz gratuitamente o monitoramento de pragas, doenças e plantas daninhas de forma georreferenciada, por meio do celular.
Qual o retorno que o controle fitossanitário pelo data science oferece?
Amenizar o risco de perda de produtividade
Com a utilização dos aplicativos de monitoramento de pragas e doenças é possível identificar as infestações com antecedência, proporcionado assim a redução do tempo de ação dos insetos, evitando maiores perdas na produção.
Redução de custos na pulverização
Proporciona aplicar os produtos de forma mais precisa e assertiva nas áreas infestadas evitando que o produtor gaste mais aplicando em área total, isso faz com que os custos de aplicação sejam reduzidos, tornando a pulverização ainda mais viável economicamente.
Planejamento de custos com insumos
Conforme os dados obtidos na lavoura, proporciona um planejamento de gastos com aplicação de defensivos agrícolas mais preciso, evitando custos exacerbados sem necessidade. Enfim, a ciência de dados por meio de análises e softwares inteligentes vieram para ajudar a potencializar diretamente o agronegócio. Quem não utiliza dessas tecnologias está perdendo a oportunidade de otimizar a lavoura, e desperdiçando potenciais lucros.
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